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sábado, 23 de maio de 2009

Cinema da Rússia

O Cinema da Rússia é um dos mais antigos e importantes da História desse meio. Diretores russos como Serguei Eisenstein e Dziga Vertov foram pioneiros da linguagem, da teoria e da estética cinematográfica, sugerindo e definindo padrões que influenciaram realizadores no mundo todo.

Ainda durante o período tzarista, diretores adaptaram obras de autores clássicos como Tolstói, Dostoiévski e Puchkin para as telas, criando os primórdios do cinema russo.

Logo após a Revolução de 1917, o novo governo bolchevique deu grande incentivo às produções cinematográficas por considerá-las peças estratégicas para propaganda ideológica. Assim, obras que exaltassem a força e o heroísmo do povo russo eram estimuladas, financiadas e amplamente distribuídas pelo Estado.

São dessa época as obras-primas de Eisenstein: "Encouraçado Potemkin" (Potyomkin, em russo), "Outubro", e "A Greve". Mais tarde, Eisenstein ainda realizaria "Alexandre Nevski" e faria parte da trilogia "Ivan, o Terrível" e de "Que Viva México!", ambos, inacabados.

Vertov teve importância também nos anos 20 e 30 por lançar um manifesto pelo "purismo" no Cinema, Kino-Glaz (Cinema-Olho), e criou experimentações com filmes como "O Homem Com a Câmera de Filmar".

Nas décadas de 60 e 70, durante o período do chamado "Degelo", o cineasta Andrei Tarkóvski criou grandes inovações de linguagem e estética em filmes como "Nostalgia", "Andrei Rubliov", "Stalker" e "Solaris".

O filme "A Pequena Vera" fez sucesso nos anos 80 mostrando o cotidiano dos jovens do interior da URSS, envolvidos com problemas de violência e drogas (principalmente alcoolismo) tanto quanto os ocidentais.

Com a Perestroika e a derrocada do regime soviético, cineastas reacionários como Nikita Mikhalkov ganharam espaço, com produções críticas ao regime, como "Olhos Negros", "Anna dos 6 aos 18" e "O Sol Enganador".

Cinema da Itália

A história do cinema italiano se assemelha muito com com a do cinema brasileiro. Na Italia, ele foi muito popular dos anos 50 aos anos 70. Ao longo dos anos 70, a Itália fazia muitas comédias populares, e o Brasil fazia a comédia pornochanchada. O gênero de comédia popular na Itália era hegemônico, derrotando até mesmo os filmes de Hollywood. Nesta mesma época, o mercado local foi despencando a medida que o gosto e os olhos do público se voltavam para Hollywood. Nas duas decadas seguintes, 80 e 90, o cinema italiano praticamente desapareceu, restringindo seu cardápio a filmes de arte. Ettore Scola com muita paixão levava o cinema italiano para os festivais internacionais, mas não conseguia atingir o mercado doméstico.


Nos anos mais recentes, o cinema italiano começa a ter novamente seus campeões de bilheteria, filmes populares, nacionais, que atualmente lotam as salas italianas.

Cinema da Alemanha

O cinema produzido na Alemanha é fortemente marcado por uma influência das tendências artístivas e vanguardas plásticas.


Entre 1949 e 1990, a nação alemã esteve dividida em dois estados diferentes: a República Federal Alemã (Alemanha Ocidental) e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), cada qual produzindo filmes bem distintos em termos de temática, linguagem e estética.

Cinema na Argentina

O Cinema na Argentina tem passado por uma revigoração desde a década de 1990, apesar da forte crise econômica atravessada pelo país. Filmes como El Hijo de la Novia, Nueve Reinas, Plata Quemada, El Abrazo Partido, Kamtchatka, La Ciénaga e Cenizas del Paraíso atestaram um salto de qualidade técnica e de linguagem na produção nacional e lançaram à fama internacional cineastas como Lucrecia Martel, Daniel Burman, Marcelo Piñeyro e Pablo Trapero.

A Argentina também foi o primeiro país da América Latina a produzir um longa-metragem que recebeu o certificado Dogma 95, com o filme Fuckland, de 1999.

Cinema dos Estados Unidos

O cinema dos Estados Unidos da América, além de uma forma de expressão cultural específica de um povo, é também uma das mais bem sucedidas indústrias de entretenimento do mundo. Apesar de nem todos os filmes dos Estados Unidos serem produzidos em Hollywood, a localidade tornou-se sinónimo desta indústria nacional. A influência do cinema norte-americano no resto do mundo é avassaladora e permanece, geralmente, como uma referência para o público que, em termos gerais, prefere esta cinematografia aos filmes do seu país.

Thomas Alva Edison teve um papel importante na invenção do cinema, mas os direitos que reclamava legalmente e usando, mesmo a força, devido à patente da invenção, obrigou muitos cineastas a procurar outros locais para realizar os seus filmes. Em Los Angeles, na Califórnia, os estúdios começaram a instalar-se numa zona pacata da cidade: Hollywood. Antes da Primeira Guerra Mundial, os filmes eram feitos em várias cidades dos Estados Unidos, mas já se notava uma certa atracção em relação ao sul da Califórnia, que foi aumentando com o desenvolvimento da indústria. Eram atraídos pelo clima ameno e pela luz do sol que permitia filmar no exterior durante quase todo o ano. A variedade de paisagens proporcionadas pelos arredores constituíram também uma razão para esta preferência.

David Wark Griffith e o seu The Birth of a Nation (O Nascimento de uma Nação) é considerado, quase unanimemente, o verdadeiro pai desta cinematografia, ao definir as regras e a linguagem própria da sétima arte (lugar que ocupa, no plano mundial, com Serguei Eisenstein, na Rússia).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cinema

O cinema (abreviação de "cinematógrafo", do francês cinématographe, composto dos elementos gregos κίνημα "movimento" e γράϕω "escrever") é a técnica de projetar fotogramas (quadros) de forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento, bem como a arte de se produzir obras estéticas, narrativas ou não, com esta técnica. Compreende, portanto, uma técnica, uma forma de comunicação, uma indústria e uma arte.

Por metonímia, a palavra cinema também pode se referir ao conjunto de pessoas que trabalham na indústria cinematográfica, ou ainda à sala de espetáculos onde são projetadas obras cinematográficas.

História

A invenção da fotografia e sobretudo a da fotografia animada foram momentos cruciais para o desenvolvimento não só das artes como da ciência, em particular no campo da antropologia visual.

O cinema é possível graças à invenção do cinematógrafo pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX. Em 28 de dezembro de 1895, no subterrâneo do Grand Café, em Paris, eles realizaram a primeira exibição pública e paga de cinema: uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada, já que os rolos de película tinham quinze metros de comprimento. Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do trem à Estação Ciotat", cujos títulos exprimem bem o conteúdo. Apesar de também existirem registros de projeções um pouco anteriores a outros inventores (como os irmãos Skladanowski na Alemanha), a sessão dos Lumiére é aceita pela maciça maioria da literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se, a partir de então, por toda a França, Europa e Estados Unidos, através de cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière, para captar imagens de vários países.

Nesta mesma época, um mágico ilusionista chamado Georges Méliès, que comandava um teatro nas vizinhanças do local da primeira exibição mencionada, quis comprar um cinematógrafo, para utilizá-lo em seus números de mágica. No entanto, os Lumière não quiseram vender-lhe, e o pai dos irmãos inventores chegou a dizer a Meliès que o aparelho tinha finalidade científica e que o mágico teria prejuízo, se gastasse dinheiro com a máquina, para fazer entretenimento. Meliès conseguiu um aparelho semelhante, depois, na Inglaterra, e foi o primeiro grande produtor de filmes de ficção, com narrativas, voltados para o entretenimento. Em suas experimentações, o mágico descobriu vários truques que resultaram nos primeiros efeitos especiais da história do cinema. Foi o responsável, portanto, pela inserção da fantasia na realização de filmes.

Logo depois, nas duas primeiras décadas do século XX, o diretor estadunidense David W. Griffith, um dos pioneiros de Hollywood, realizou filmes que fizeram com que ele fosse considerado pela historiografia cinematográfica o grande responsável pelo desenvolvimento e pela consolidação da linguagem do cinema, como arte independente, apesar das polêmicas ideológicas em que se envolveu. Ele foi o primeiro a criar filmes em que a montagem e os movimentos de câmera eram empregados com maestria e, com isso, estabeleceu os parâmetros do fazer cinematográfico dali em diante. Destaque para "Intolerância", admirado até hoje entre cineastas e cinéfilos.

Como forma de registrar acontecimentos ou de narrar histórias, o Cinema é uma arte que geralmente se denomina a sétima arte, desde a publicação do Manifesto das Sete Artes pelo teórico italiano Ricciotto Canudo em 1911. Dentro do Cinema existem duas grandes correntes: o cinema de ficção e o cinema documental.

Como registro de imagens e som em comunicação, o Cinema também é uma mídia. A indústria cinematográfica se transformou em um negócio importante em países como a Índia e os Estados Unidos, respectivamente o maior produtor em número de filmes por ano e o que possui a maior economia cinematográfica, tanto em seu mercado interno quanto no volume de exportações.

A projeção de imagens estáticas em seqüência para criar a ilusão de movimento deve ser de no minimo 16 fotogramas (quadros) por segundo, para que o cérebro humano não detecte que são, na verdade, imagens isoladas. Desde 1929, juntamente com a universalização do cinema sonoro, as projeções cinematográficas no mundo inteiro foram padronizadas em 24 quadros por segundo.